A Festa da Uva. Conhece?

No inicio de 2009 fui procurado por um cara, Evaldo Leão, integrante de um grupo teatral, 2 Sinal, de Porto Velho, RO. Ele pediu a liberação do meu texto, A Noite Em Que Blanche Du Bois Chorou Sobre a Minha Pobre Alma, para tentar o prêmio Miriam Muniz, da Funarte. Combinamos os direitos autorais e liberei. Bem, o cara ganhou, o resultado saiu, acho que em setembro do ano passado. Recebi meus direitos autorais. Sem problemas. A peça era pra ter estreado em Outubro de 2009. A estréia foi adiada pra novembro, depois, Fevereiro, depois março... Cheguei a enviar alguns e-mails pra esse cara, o Evaldo. Quando havia resposta, era após uns 15, 20 dias, coisas vagas, do tipo, “tivemos alguns problemas,  (sic) estava na floresta, mas agora...”. Este mês googando o meu nome, vi, através do site do Grupo, que o texto foi encenado (http://grupoabstractus.com.br/noticias3.html) Enviei um e-mail. Aliás, nem enviei pro e-mail dele, o Evaldo, já que fico sem resposta, enviei pro Grupo. Mas quem respondeu foi o Evaldo: “Vamos estrear em novembro. Foi só uma leitura...”. Não é o que está no site dos caras.  Na boa, podia ficar na minha. Já recebi a minha grana. Mas é foda. Já vi o projeto de muita gente séria ser barrado na Funarte. Não posso afirmar que esse cara, o Evaldo, não seja sério. Não o conheço e nem conheço seu Grupo. Mas o fato é que esse texto tem dois atores em cena. Não vejo qual a dificuldade em encená-lo. Como estou acostumado a ralar peito e ver os amigos também ralando, montando textos sem um puto no bolso, fico pensando o que pode ter acontecido. Já que os caras pegaram uma verba substancial pra montar o texto. Acho que a Funarte também deveria pensar. Outros projetos na fila? Pode até ser. Uma enfermidade típica dos trópicos? Também. Mas e se a troupe torrou a grana com cerveja e mandiopan sabor camarão? Ah!!!!? Como autor do texto, nunca ouvi ou li, algo que justificasse toda essa história. E eu sempre tive esse direito. E quem está produzindo o meu texto, tem esse dever. Nem estou falando de ética. Estou falando da velha, necessária, porém, saudosa educação. Então, sendo assim, dou-me a licença de chegar às minhas próprias conclusões. E elas não são nada boas, garanto. Uma delas é bem óbvia: este país sempre foi, é, e continuará sendo a festa da uva. Conhece?

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